Lição 2: O World Wide Web (www)

Nessa segunda aula, vamos descobrir o que significa www.

No final dos anos 80, quando a Internet estava crescendo gradualmente com o acréscimo de algumas redes aqui e ali, o físico Tim Berners-Lee, um especialista de Oxford em processamento de documentos, começou a procurar uma forma melhor para os seus colegas do European Laboratory for Particle Physics (CERN), em Genebra, na Suiça, se comunicarem por meio de computador. Até então a troca de informações na Rede era normalmente feita por E-mail (correio eletrônico) ou por Protocolos de Transferência de Arquivos (File Transfer Protocol - o FTP). Para se acessar a Rede por meio de FTP, era necessário se dar linhas de comandos. O processo não contava com recursos interativos ou uma apresentação gráfica. As únicas informações que poderiam ser transmitidas pela Internet apareciam como texto simples nas telas de computador.

Em março de 1989, Tim Berners-Lee, propôs um conjunto de protocolos baseados no TCP/IP para um novo sistema de informação da Internet: o World Wide Web (Rede de Abrangência Mundial).

Através desses protocolos, um pesquisador utilizaria um programa, chamado de navegador ou browser, para visualizar a informação armazenada em outro computador. O navegador mandaria pedidos aos servidores Web, que encontrariam a informação requisitada e a enviariam de volta a ele. Os protocolos controlariam essa comunicação.

Um protótipo de navegador foi desenvolvido em novembro de 1990, em uma estação de trabalho NeXT. Em agosto de 1991, os navegadores (browsers) da Web começaram a ser difundidos por toda a Internet.

O resultado eventual foi a definição das especificações: URL, HTTP e HTML, da qual a World Wide Web depende.

A Web cresceu com uma velocidade incrível e em 1993 já era comum em Universidades, que estudantes fizessem "páginas" com informações pessoais. O que determinou seu crescimento foi a criação de um programa chamado Mosaic, desenvolvido pelo NCSA (National Center for Supercomputing Applications) na Universidade do Illinois, que permitia o acesso à Web num ambiente gráfico, tipo Windows. O mercado atualmente contém mais de vinte navegadores, e o número está crescendo a passos largos. Atualmente, o Netscape Navigator e o Microsoft Internet Explorer compõem a fatia do leão no mercado.

Um navegador consiste em uma janela que apresenta páginas da Web (Web Pages) e possivelmente algumas barras de ferramentas e comandos de menu que permitem aos usuários navegarem entre as páginas e sites e ainda ajustar as configurações do navegador.

Hoje, a tecnologia da Web permite a criação de uma página de informações formatada. As páginas da Web podem conter imagens gráficas, sons, animação e outros efeitos especiais além de texto. Cada página pode ser vinculada a outras a fim de dar acesso a mais informações. Tudo isso é transmitido por meios físicos e pelos protocolos da Internet. É por isso que muitas pessoas vêem a Web como uma parte da Internet, e não como uma tecnologia separada.

A Web, hoje é o segmento da Internet que mais cresce. A antiga interface da rede praticamente só é usada agora por Universidades e Institutos de Pesquisa, e mesmo assim, cada vez mais dá lugar à Web.

A "antiga" Internet, antes da Web, exigia do usuário disposição para aprender comandos em Unix (linguagem de computador usada na Internet) bastante complicados e enfrentar um ambiente pouco amigável, unicamente em texto. A Web fez pela Internet o que o Windows fez pelo computador pessoal.

Os endereços da Web sempre se iniciam com http:// (HiperText Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto). Seu formato mais comum é algo como: http://www.microsoft.com, onde www (World Wide Web) convenção que indica que o endereço pertence à Web, não é obrigatório.

HTTP

HTTP (HyperText Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto) é o protocolo de transferência de documentos da Web e a base de toda a sua funcionalidade. Ele é um protocolo, construído sobre o TCP/IP e orientado a objetos.

O HTTP permite que programas-cliente conversem com servidores Web, façam pedidos e recebam documentos, através de uma conexão Internet.

Hipertextos

Hipertextos são o meio mais comum de armazenamento das informações na Web. Podem ser armazenados, lidos e editados. A diferença é que um hipertexto possui conexões para outros objetos. No caso da Web, o objeto da conexão pode ser um ponto qualquer em outro documento hipertexto ou no próprio documento original.

O fato mais interessante é que, usando hipertextos, o leitor pode, a partir de um documento, sair navegando (saltando de um documento a outro) pela tela mundial. Isso é alcançado através de vínculos (âncoras ou links) entre documentos.

HTML

HTML (HyperText Markup Language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto) é a linguagem padrão adotada pela Web desde 1990 para criar e reconhecer documentos. Todos os documentos hipertexto da Web são escritos nessa linguagem.

O HTML se caracteriza por dividir o texto em vários pedaços funcionais, que são identificados por tags ou elementos de marcação. Alguns desses pedaços podem ser, por exemplo, o nome do autor da página, um link hipertexto, um cabeçalho, um texto que deve ser enfatizado e assim por diante.

HTML é composta basicamente de instruções para os navegadores realizarem uma determinada tarefa como, por exemplo, tornar o texto itálico, exibir uma figura ou criar um link de hipertexto para outro documento. Os elementos de marcação de HTML, ou tags, consistem em palavras-chave delimitadas pelos símbolos "<" (menor que) e ">" (maior que).

Homepages

Homepage é um outro conceito importante na Web. Uma homepage é um hipertexto projetado para ser a página inicial, de uma coleção de páginas conectadas, a ser vista pelo usuário. Esse conjunto de páginas é denominado site.

Domínio

Domínio é uma tabela na qual cada endereço IP é associado a um nome. Dessa forma, o internauta não precisa ficar desesperado se não lembrar-se do endereço IP do site da Microsoft (108.105.232.4). Basta mandar o navegador procurar em www.microsoft.com.

Existem algumas regras para a atribuição de domínios, como o uso de letras minúsculas, a proibição de sinais gráficos como +, - ou * e a extenção final, que deve refletir o caráter da instituição.

Algumas extensões:

.mil	organizações militares
.gov	organizações governamentais
.com	empreendimentos comerciais
.edu	instituições de ensino
.net	redes mundiais
.nom	pessoas físicas
.org	organizações não-governamentais

Os nomes de domínios são solicitados através de uma organização chamada Internic, que coordena todos os pedidos, verificando se já não há registro desse domínio.
No Brasil, a solicitação de domínios com a extensão .br fica a cargo da Fapesp.
Em todos os países, com exceção do EUA, ficou definido que os domínios da Internet terminam com a sigla do país em que o site está localizado. Assim, microsoft.com.br é diferente de microsoft.com.

URL

URL (Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos) é a ferramenta de conexão da Web.
Com uma URL é possível apontar para um documento disponível em um servidor Web, pois ela carrega consigo os protocolos: HTTP, FTP, MAILTO, etc e a localização de cada arquivo na Web.
HTTP: Aponta para um arquivo de hipertexto.
FTP:  Permite a troca de arquivos entre computadores conectados na Web.
MAILTO: Abre o programa de correio eletrônico com o destinatário da mensagem já definido pela tag.

Servidor WEB

Servidor Web é o computador que armazena as páginas que você vê na Internet. Ele roda software's que sabem como enviar páginas e imagens para os navegadores.